sábado, 28 de agosto de 2010
D. Fernando, Anfante de Pertual
Dou-me Dius sue spada pa que faga
La sue santa guerra.
Cunsagrou-me sou an honra i an zgrácia,
A la hora an que un aire friu passa
Porriba la frie tierra.
Puso-me las manos anriba ls ombros i dourou-me
La tiesta cul mirar;
I este febre de l Alhá, que me cunsume,
I este querer grandeza son sou nome
Andrento mi a tembrar.
I you bou, i la lhuç de la spada oupida dá
An miu sereno rostro.
Cheno de Dius, nun temo l abenir;
Puis, benga l que benir, nunca será
Mais grande que mie alma.
Fernando Pessoa, Mensagem
Traduçon de Fracisco Niebro
[an pertués
D. Fernando
Infante de Portugal
Deu-me Deus o seu gládio porque eu faça
A sua santa guerra
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doiroi-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
E eu vou, e a luz do gládio dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois, venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma.]
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