segunda-feira, 19 de novembro de 2012

bás


bás de mano dada cul miedo, mundiada alantre,
ls pies nas duras piedras de ls puntones,
que assi mais sintes da dureç de la bida

atrabessa, anque mais fácele fura deixar te ir,
i busca de l outro lado quien te quier bien, 
que ye adonde cuorre l sangre i s'upe l sol

regas la soledade nuite fuora
que ten tue raiç andeble de rejistir:
manhana spera te i mais bal que le guardes
ua risa para ambrulhar l delor que hoije sós


//


vais de mão dada com o medo, enxurrada adiante,
os pés nas duras pedras das poldras,
pois melhor assim sentes da vida a dureza

atravessa, embora mais fácil fosse deixares-te ir,
e do outro lado procura quem te quer bem,
que é onde corre o sangue e o sol se ergue

regas a solidão noite fora
pois a tua raiz fraca tem de resistir:
amanhã espera-te e mais vale que lhe guardes
um sorriso para embrulhar a dor que hoje és




Sem comentários: