quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Eilegie de Ivan Ilitch // Elegia de Ivan Ilitch (II)
muorte:
solo un sfergante na punta
d'adonde s'acaba la bida;
miedo que lhebamos
to la bida i an nuosso cuolho
se muorre;
bida (outra)
que mos nace quando esta
pa reinar yá nun ten fuorças;
çque mos la dou cumo ua frol
nunca para de chamar l mundo:
apuis seremos
tierra
auga, arble, granico ou aire,
que ten suidades de nós;
naquel sfergante derradeiro
mireste al para trás i to la bida
biste:
esse sfergante
ye solo l outro prato de la baláncia
a anquelibrar ua bida a spera del.
//
morte:
apenas momento na ponta
de onde termina a vida;
medo que levamos
toda a vida e ao nosso colo
morre;
vida (outra)
que nos nasce quando esta
para viver não tem já forças;
desde que no-la deu como uma flor
não mais para de chamar o mundo:
depois seremos
terra
água, árvore, grãozinho ou vento,
porque tem saudades de nós;
naquele momento final
olhaste para trás e toda a vida
viste:
esse momento
é apenas o outro prato da balança
a equilibrar uma vida à espera dele.
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