domingo, 6 de dezembro de 2009
Odas de Ricardo Reis (056)
Tues, nó mies, teço estas grinaldas,
Que an mie tiesta renobadas pongo.
Para mi tece las tues,
Que las mies you nun beio.
Se nun pesar na bida melhor gozo
Que l bermos-mos, béiamos-mos i, bendo,
Xordos cuncelíemos
L ansubsistente xordo.
Corónemos-mos puis uns para ls outros,
I bríndemos a la par a la suorte
Que houbir, at+e que chegue
La hora de l barqueiro.
Fernando Pessoa [Odas de Ricardo Reis]
Traduçon de Fracisco Niebro
[an pertués:
Tuas, não minhas, teço estas grinaldas,
Que em minha fronte renovadas ponho.
Para mim tece as tuas,
Que as minhas eu não vejo.
Se não pesar na vida melhor gozo
Que o vermo-nos, vejamo-nos e, vendo,
Surdos conciliemos
O insubsistente surdo.
Coroemo-nos pois uns para os outros,
E brindemos uníssonos à sorte
Que houver, até que chegue
A hora do barqueiro.]
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