A scabar nesta sierra sepultura,
Nun sinto que lhoubor puoda brandura,
Sin me sentir bolber de l miu sentido.
La
Trocendo an bárias partes la questura,
Ls znudos pies anriba piedra
Nin me déixan oubir, nin ser oubido.
L lhoubor que de l pobo recebiste,
Bendo l Lhima ameroso i
A príncepe rial, claro eicelente,
Lhoubará
Lhouba cumigo a Dius eiternamente.
Frei Agostinho da Cruz
Traduçon de Fracisco Niebro
[an pertués:
A seu irmão Diogo Bernardes
Cavar cá nesta serra a sepultura,
Não sinto que louvor possa brandura,
Sem me sentir turbar do meu sentido.
A lã de que me vem andar vestido,
Torcendo em várias partes a costura,
Os pés que nus se dão à pedra dura,
Nem me deixam ouvir, nem ser ouvido.
O povo cujo aplauso recebeste,
Vendo teu brando Lima delicado
A príncipe real, claro excelente,
Louvará muito mais quanto escreveste.
De mim, meu caro irmão, menos louvado,
Louva comigo a Deus eternamente.]
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