sábado, 14 de novembro de 2009
Ha de benir un Natal!
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
an que se beia a la mesa l miu campo baziu
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
an que me han-de lhembrar de modo menos claro
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
an que solo ua boç me lhembre a solas cun eilha
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
an que nun biba yá naide miu coincido
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
An que nin bibo steia un berso deste lhibro
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
An que tenerei outra beç l Nada a solas cumigo
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
An que nin l Natal tenerá qualquiera sentido
Ha de benir un Natal i será l purmeiro
An que l Nada ganhe outra beç la quelor de l
Anfenito
David Mourão Ferreira
Traduçon de Fracisco Niebro
[An pertués
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do
Infinito]
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