La mano delorida sufre
na fuolha an branco
i lhembra la nineç.
nun le pídades rimas
nien súplicas
porque la mano sufrida
apenas aguanta
las manhanas ambentadas
de l'anfáncia.
La mano stá ruda quaije
tolhida, oube ls uossos,
l retumbar de l delor
mas la mano de l que ten miedo
ye la nineç.
Pedro Castelhano, (Re)Cantos d'Amar MOrte, Âncora Editora, 2011.
[an pertués:
Mão Dorida
A mão dorida sofre
na página em branco
e recorda a infância.
Não lhe peçam rimas
nem súplicas
porque a mão sofrida
mal aguenta
as manhãs inventadas
da infância.
A mão está rude quase
inerte, ouve os ossos,
o rumorejar da dor
mas a mão o que teme
é a infância.]
quinta-feira, 17 de março de 2011
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