quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Dies Irae – MT4
Dá gana de cantar, mas naide canta.
Dá gana de chorar, mas naide chora.
Ua pantasma alhebanta
La mano de la grima subre nuossa hora.
Dá gana de gritar, mas naide grita.
Dá gana de scapar, mas naide scapa.
Ua pantasma lhemita
Todo l feturo a este die de hoije.
Dá gana de morrer, mas naide se muorre.
Dá gana de matar, mas naide mata.
Ua pantasma cuorre
Puls albrotes donde l’alma se arrebata.
Á! maldiçon de l tiempo an que bibimos,
Fóia de cadenas cinzeladas
Que déixan ber la bida que nun tubimos
I las agonias paradas!
[an pertués:
Dies Irae
Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.
Apetecer gritar, mas ninguém grita.
Apetece fugir, masd ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.
Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma pesegue
Os motins onde a alma se arrebata.
Oh! Maldição do tempo em que vivemos.
Sepultura de grades cinzeladas
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas!]
In Cântico do Homem, 1950
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