La frol que sós, nó la que dás, you quiero.
Porque me negas l que te nun pido.
Tiempo hai para negares
Apuis d’haberes dado.
Frol, séias-me frol! Se t’apanhar garunhas
La mano de l’anfeliç sfinge, tu eiterna
Selombra andarás por ende sin sentido,
Buscando l que nun deste.
Fernando Pessoa [Odes de Ricardo Reis]
Traduçon de Fracisco Niebro
[an pertués:
A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.
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